Dossiê indica corrupção e rede de prostituição no Vaticano

Jornal italiano revela que Bento XVI teria decidido renunciar após analisar documentos.


Um dossiê com 300 páginas teria motivado o papa Bento XVI a renunciar no último dia 11. A informação publicada ontem pelo jornal italiano La Repubblica aponta a existência de uma rede de prostituição homossexual, corrupção e disputa política envolvendo seminaristas e imigrantes irregulares. Na semana passada uma revista italiana também divulgou a mesma informação.

Segundo as agências de notícia, o documento foi produzido por três cardeais a pedido do papa. Bento XVI teria avaliado as informações em dezembro e somente depois disso decidido renunciar. Nas investigações, informou o jornal italiano, os cardeais teriam constatado a existência de facções diferentes dentro da Cúria, definidas pela orientação sexual.

A reportagem diz que este grupo de bispos e religiosos homossexuais teria criado uma espécie de rede de prostituição de seminaristas e também de imigrantes. Os encontros entre os bispos costumavam ser realizados, conforme o jornal italiano, em diversos locais de Roma.

A publicação também faz referência ao escândalo envolvendo Angelo Balducci, que em 2010 era assessor do papa. Em escutas telefônicas, a polícia – que o investigava por corrupção – identificou como ele usava serviços do nigeriano Chinedu Thomas Ehiem, cantor da Capela Julia, na Basílica de São Pedro, para contratar jovens para serviços sexuais

O porta-voz do vaticano, Frederico Lombardi disse que não confirma, mas também não nega as informações. O dossiê estaria guardado em um cofre nos aposentos de Bento XVI e pode interferir no conclave, determinando a escolha de um sucessor em condições de lidar com este tipo de denúncia.

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