A Igreja Católica Romana da Alemanha anunciou nesta quinta-feira (21) que não vai mais condenar o uso de alguns tipos de “pílulas do dia seguinte” quando for usado por vítimas de estupro.
A decisão foi tomada após dois hospitais se negarem a tratar de uma mulher que havia sido violentada, causando grande polêmica no país.
De agora em diante ficou decidido que as instituições de saúde ligadas a igreja terão que assegurar a assistência médica, psicológica e emocional para as vítimas desse tipo de crime. Liberando o tratamento a igreja aceita também o uso desse método que induz ao aborto.
Mas não são todas as pílula s do dia seguinte que estão liberadas para o uso dos hospitais, a regra anunciada impede a aplicação de drogas que tenham a mifepristona ou o RU-486 como princípio ativo.
“Métodos farmacêuticos e médicos que induzem a morte de um embrião continuarão a não ser usados”, disse o arcebispo Robert Zollitsch.
Os hospitais poderão usar apenas as pílulas que previnem a gravidez sem induzir um aborto. A Igreja Católica daquele país continua sendo contra o aborto e o contra o controle de natalidade artificial, mas vai aceitar estes tratamentos que evitam que o espermatozóide do agressor fecunde o óvulo da vítima. O uso desses medicamentos é liberado apenas no caso de estupro.
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