Um 'Parlamentar precisa ser respeitado, como todo ser humano', diz Feliciano

Um ativista foi preso e preciso evitar entrada de manifestantes para viabilizar reunião. 'Na democracia às vezes é preciso tomar medidas', afirmou na comissão.

 
 
 
O deputado Marco Feliciano (PSC-SP), presidente Comissão de Direitos Humanos, afirmou em discurso após reunião do colegiado que precisa ser “respeitado” como “todo ser humano”. Ele explicou que precisou impedir a presença de manifestantes para viabilizar a realização da audiência pública sobre contaminação de chumbo, prevista na pauta da comissão.
“Conseguimos vencer uma barreira e mostramos que democracia é isso e, às vezes é preciso tomar medidas, não medidas austeras, mas à luz do regimento interno. Um parlamentar precisa ser respeitado, como todo ser humano precisa ser respeitado”, afirmou.
A audiência sobre contaminação de chumbo na cidade de Santo Amaro (BA) foi realizada após tumulto gerado com a detenção de um manifestante que chamou Feliciano de racista.
 
A sessão começou às 14h20 sob o barulho de apitos. Marco Feliciano tentou falar, mas foi interrompido por palavras de ordem: “Não, não me representa, não”; “Não respeita negros, não respeita homossexuais, não respeita mulheres, não vou te respeitar não”.
Depois, um parlamentar iniciou uma explanação sobre a situação dos corintianos na Bolívia e foi interrompido por um manifestante: "Você está ao lado de um racista, não aceite não". Feliciano, então, apontou para um manifestante e determinou a prisão.
O jovem foi levado para a delegacia da Polícia Legislativa da Câmara e liberado depois. Feliciano transferiu a sessão da comissão para outra sala e impediu a entrada de manifestante, tanto contra quanto a favor.

Após a audiência pública, Feliciano fez uma declaração aos deputados presentes dizendo que as vítimas de chumbo na Bahia já teriam os pleitos atendidos se tivessem conseguido um grupo para “gritar pelos corredores”, disse em alusão aos manifestantes que gritavam nos corredores palavras de ordem contra ele.

“Talvez se tivessem conseguido um grupo de 20, desses que estão contaminados, e tivesse um grupo por detrás, gritando pelos corredores dessa casa, talvez já tivessem sido atendidas. Mas vocês não têm vez e não tem voz. Para isso existe a comissão de Comissão de Direitos humanos”, afirmou.
 
Nesta terça, no entanto, o PSC confirmou que Feliciano será mantido no comando da Comissão de Direitos Humanos, contrariando recomendação do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
 
Veja os comentários do Pastor Silas Malafaia.

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