Caso alguém que se identifica como homossexual sinta-se alvo de preconceito, poderá denunciar às autoridades e até abrir um processo. Mas quando se trata de um “ex-gay”, torna-se ainda mais difícil conviver com isso. Em especial porque o preconceito e a perseguição na maioria das vezes são de membros da comunidade LGBT.
Os ativistas homossexuais lutam por um reconhecimento que nem sempre é estendido aos que decidiram abandonar este “estilo de vida”. Na última quarta-feira (31/7), um grupo de ex-homossexuais, representando cerca de 10 organizações cristãs, foram à capital Washington pedir que a Suprema Corte reconhecesse a igualdade de direitos, segundo a Constituição.
“Extremistas gays dizem que eu não existo”, reclama Christopher Doyle, presidente da ONG Voz dos sem voz – Igualdade e Justiça e para Todos. ”Diga isso à mulher com quem estou casado a sete anos. Diga isso aos meus três filhos lindos.”
O reconhecimento que alguém pode ser ex-gay incitou os grupos que decidiram comemorar em 2013 o primeiro “mês do orgulho Ex-Gay”. Os organizadores iriam fazer uma reunião junto ao Conselho de Pesquisa da Família, mas decidiram cancelar após as ameaças de ativistas homossexuais.
Está previsto para este mês a entrega de uma premiação a Mat Staver, fundador do Liberty Counsel, pela sua luta em favor dos ex-gay. Greg Quinlan, presidente da Associação de Pais e Amigos de Ex-Gays, reclama que os ativistas homossexuais não dão espaço para outras opiniões, pois querem uma “igualdade” que na verdade seria uma tentativa de domínio. ”Eles não lutam pelos direitos humanos. Mas pelos direitos sexuais de uma pequena minoria.”
No evento em Washington, divulgaram que há milhares de ex-gays em todo o país que hoje têm medo de se identificar assim por causa das retaliações. “Sofri mais discriminação e intolerância quando disse ser ex-gay que quando vivia um estilo de vida homossexual”, disse Grace Harley, que viveu por 18 anos como um homem transexual. ”Os ex-homossexuais como eu precisam de proteção”, desabafa.
Uma das declarações que mais chamou atenção foi a de Chuck Peters, que viveu por 22 anos como homossexual. Ele levou uma cópia do relatório de Nicholas Cummings, ex-presidente da Associação Americana de Psicologia, que liderou o esforço para desclassificar a homossexualidade como uma doença mental. Ele garante que os homossexuais podem mudar.
Peters explica que após seu parceiro morrer de AIDS, ele decidiu fazer terapia para determinar por que sentia uma forte atração por outros homens. Ele ouviu de alguns psicólogos que nasceu assim e deveria simplesmente aceitar. Peters conseguiu o apoio que desejava e hoje é o diretor clínico do Instituto de Mudança de Orientação Sexual, em Beverly Hills, na Califórnia.
Ele lamenta que a maioria dos terapeutas são contrários a ideia de que alguém pode querer mudar sua orientação sexual e se neguem a ajudá-los. Com informações de Urban Christian News.
Via GospelPrime