Marco Feliciano, Beltrano e outros deputados discutirão investigação sobre o pastor Marcos Pereira

Detalhes obscuros da investigação do caso do pastor Marcos Pereira e uma evidente disputa de poder entre o líder da AfroReggae, José Júnior e o religioso, levaram quinze parlamentares a decidirem se reunir hoje com o secretário de Segurança, José mariano Beltrame, para discutir a investigação. Segundo informações do jornal O Dia, à frente do bloco está o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o também pastor Marco Feliciano (PSC-SP).

O pastor Marcos Pereira está preso no presídio Bangu 9 por supostos crimes de estupro e coação de testemunhas. As denúncias dos crimes tem como origem a inimizade entre o pastor e José Júnior.

Foi processo de investigação das denúncias do líder da AfroReggae que levou à prisão do pastor. José Júnior é visto como tendo articulado com a polícia um inquérito 'caça às bruxas' contra o líder da Assembleia de Deus dos Últimos Dias (ADUD).

A rapidez entre a troca de comando na Delegacia de Combate às Drogas bem como a conclusão do inquério – em apenas dois meses - levantaram dúvidas dos deputados quanto à apuração do caso.

Os parlamentares também questionam a existência de manipulação das testemunhas e o uso de provas ilícitas. Uma gravação publicada na internet em maio, mostra integrantes da AfroReggae oferecendo casa e trabalho para um membro da ADUD depor contra o pastor.

Outras supostas vítimas do caso também postaram vídeos na internet, afirmando terem sido coagidas por integrantes da ONG, em especial o pastor e ex-aliado de Marcos Pereira, Rogério Menezes.

Quando questionado sobre a oferta de emprego e casa feita às testemunhas do processo contra o religioso, José Júnior não responde e prefere insistir que o pastor é perigoso.

“Ele é o responsável por várias coisas erradas. É um cara muito perigoso, que mistura religião com o tráfico. Ele deixa o bandido duro, enquanto fica com o dinheiro”, diz ele, segundo o jornal O Dia.

De acordo com José Júnior, Marcos Pereira é o responsável por colocá-lo na lista da morte dos líderes do Comando Vermelho. Ele alega que por razões de segurança, teve que alterar completamente sua rotina.

José Júnior também nega ter articulado com a polícia um inquérito ‘caça às bruxas’, para tirar o religioso do caminho e ser o único a mediar conflito com traficantes no Rio.

Com informações do Cristian Post
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