Na China, viciados em internet são tratados com rigor militar

Na maioria dos casos, os adolescentes, grande parte homens, são levados pelos pais contra a sua vontade

Desde 2008, as autoridades da China consideram o vício em internet um problema de saúde mental.

No breve documentário "China’s Web Addiction", ou “Os viciados em internet da China”, dos cineastas independentes Shosh Shlam e Hilla Medalia, é possível entender um pouco do funcionamento interno de um centro de reabilitação. É lá que os adolescentes são tratados segundo texto e vídeo publicados no The New York Times nesta semana.

O vídeo foi feito no Centro de Tratamento em Vício em Internet, em Daxing, no subúrbio de Pequim, criado em 2004. Este foi um dos primeiros centros a surgir, mas agora existem centenas de programas de tratamento em toda a China e também na Coreia do Sul. Nos Estados Unidos, o primeiro programa de internação para dependentes em internet foi recentemente inaugurado na Pensilvânia.

Na maioria dos casos, os adolescentes, grande parte homens, são levados pelos pais contra a sua vontade. Uma vez dentro do centro, são mantidos trancados atrás de grades e são vigiados por soldados. Os pacientes são submetidos a um treinamento físico de inspiração militar, e seu sono e dieta são cuidadosamente regulados por médicos.

Estas técnicas, alguns das quais já são utilizadas na China para tratar outros distúrbios comportamentais, destinam-se a ajudar os pacientes a se reconectar com a realidade. O tratamento, que muitas vezes dura de três a quatro meses, inclui medicação e terapia e, quando possível, a participação dos pais. Tao Ran, diretor do centro, afirma que a taxa de sucesso é de 70%.

O curto vídeo faz parte do próximo documentário da dupla de cientistas chamado "Web Junkie", "Viciados em Internet", em português, e foi feito com o apoio da organização sem fins lucrativos Instituto Sundance e tem sua estreia marcada para o Festival de Sundance deste ano.

Via iG

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