O show da Calypso em Teresina (Piauí) na madrugada de domingo (4) foi marcado por constrangimentos. Após a queda da decisão judicial que impedia que Chimbinha se aproximasse de Joelma, a banda voltou a fazer um show em sua formação original.
Mas a empolgação e alegria da vocalista não são mais as mesmas. Joelma ficou cantando no fundo do palco e só entrou, efetivamente, na quinta música. Nessa canção, Joelma cantou cabisbaixa e não fez coreografia. De acordo com a assessoria de imprensa da cantora, o desempenho de Joelma ficou aquém do esperado pelo medo de estar ao lado do guitarrista, que chegou a fazer ameaças verbais aos integrantes da banda. Todos os músicos, bailarinos e técnicos estavam em pânico e com medo do que poderia acontecer.
“Minha postura foi em função do medo de estar próximo a ele. Tive receio e fiquei com os olhos fechados orando para que não acontecesse o pior”. Apesar de todo temor e insegurança, Joelma confiou em suas orações para encerrar o show e recebeu força de seu público.
Nota, ela revela que quer ajudar de alguma forma as mulheres que passam por situação semelhante à sua. Joelma ressalta que, apesar de ser uma artista, pessoa pública e profissional, também é um ser humano, mulher, vítima de violência doméstica e que decidiu expor sua intimidade a fim de ajudar outras mulheres que passam por situações constrangedoras, opressoras, discriminatórias e violentas a irem a público e pedir ajuda do Estado e das leis.
“Respeito a decisão da justiça do Pará que permitiu a volta de Chimbinha aos palcos e ao trabalho, mas a minha integridade física e da equipe tem que ser respeitada e garantida. As nossas vidas valem mais do que qualquer direito ao trabalho e mais do que a vaidade de uma pessoa instável comprovada por pessoas próximas e que inclusive já tomaram coragem de vir a público se manifestar. Pelo que sei, a garantia a vida se antepõe aqui a qualquer outro direito”, finaliza.
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