MC Livinho Declara Ser Evangélico e Que Por Influência Do Pai Tocava Na Igreja


MC Livinho, aos 21 anos o funkeiro comemora o melhor momento de sua profissão: músicas entre as mais tocadas nas rádios, shows nos quatro cantos do país, ganhos financeiros que superam em muito a média que um rapaz da idade dele ganha e, de quebra, um fã-clube composto por admiradores de seus sucessos e músculos.

"Em 2003, por influência do meu pai, aprendi violino e tocava na igreja. O funk veio por acaso, quando eu comecei a me interessar e a fazer rimas. Na época eu morava em Bragança Paulista (interior de São Paulo), mas quando eu percebi que a cidade era pequena para o que eu queria, me mudei para a capital, isso em 2011", relembra ele, que na época não recebeu apoio da família em sua decisão. "Fui morar com a minha avó contra a vontade dela e do meu pai. Fiz um curso de informática, mas fui expulso dele. Comecei a trabalhar mas sem esquecer que eu queria mesmo a música. Quando conheci o DJ Pereira, que trabalha comigo até hoje, tudo deu certo."

No começo, Livinho gostava e cantava os chamados "proibidões", com letras bem ousadas (mesmo!). Nessa época, ele surgiu nas paradas com "Pepeka do mal". "Eu sempre quis chegar em um baile e ver a galera cantando as minhas músicas. Nem pensava em dinheiro, queria era esse reconhecimento. Isso aconteceu primeiro com 'Pepeka do mal', foi depois dela que parei de trabalhar em loja", diz ele, que não se esquece do "conselho" que recebeu do gerente do estabelecimento em que trabalhava quando foi pedir demissão. "Ele disse que cantar não levava a nada, que tinha muita gente boa e que não virava sucesso. Mas saí confiante e deu certo."

Porém, cantar músicas repletas de palavrões e referências a posições sexuais acabava gerando um problema para Livinho. Evangélico, ele conta que sempre soube que suas composições não estavam em sintonia com a religião. "Fiz umas dez músicas bem pesadas mesmo e estourei. A música era um sonho de moleque, em um momento me afastei da igreja, mas sabendo que eu não ia ficar nesse estilo proibido pra sempre. Ia arrebentar e mudar. E foi o que eu fiz", avalia. "Hoje me preocupo com conteúdo, quero cantar músicas que podem chegar a todos os públicos, fiz uns ajustes pra cantar pra mais gente."

Atualmente ele aposta em canções sem grandes ousadias, entre elas os hits, "Tudo de bom", Marolar" e "Bela Rosa". O corpo malhado também chama atenção e faz o número de fãs crescer a cada dia (no Facebook ele conta com 2 milhões de curtidas, enquanto no Instagram tem 1,8 milhão de seguidores). "Sempre treinei, mas não pegava firme. De um ano pra cá é que levei a sério e os resultados vieram. Além disso, cuido da minha alimentação, só como coisas saudáveis", diz.

Embora ainda muito jovem, Livinho conta que, hoje, vive um dos momentos mais tranquilos de sua vida. Namorando há um ano com uma menina que ele prefere manter no anonimato (nem o nome dela ele quis dizer), o cantor admite que, algum tempo atrás, era "viciado em mulher".

"Nunca fui de beber, fumar, nada disso. Meu único vício era mulher. Eu era muito, muito, muito pegador. Já cheguei a transar com cinco mulheres em uma única noite. Minha meta eram duas, mas depois das duas vi que podia mais. Ouvi a música do MC Dedé, aquela que fala 'cinco mulher na cama é nossa fantasia érotica' e foram cinco", revela ele. "E, uma outra vez, em Porto Alegre, foram nove no mesmo dia."

Porém, tudo isso faz parte do passado e, hoje, embora ainda muito jovem, ele já faz planos de se casar. "É a primeira vez que namoro e acho que vai ser pra sempre. Acho que não vai demorar pra casarmos não, mas isso ainda está no pensamento, vamos falar depois (risos)", brinca ele.

De origem humilde, ele comemora o fato de ter conseguido mudar a própria vida e de vários familiares. Porém, ao contrário dos funkeiros ao estilo ostentação, Livinho diz que busca investir todos os valores que entram em sua conta bancária. "Já comprei dois apartamentos e um terreno. Não gasto muito não, sei que algumas coisas são necessárias, mas não saio esbanjando", diz ele.

A única extravagância, conta o músico, foi ao adquirir um carro. "Comprei uma Evoque nova (carro avaliado em cerca de R$ 230 mil). Mas nunca quis esbanjar, já fui humilhado por quem tinha condição quando eu não tinha. Abomino isso. Também não gosto de playboy criado pelo pai e que não sabe as necessidades da vida. Já passei por muita coisa pra valorizar o que tenho hoje. Quando eu tiver filho, inclusive, vou ensinar a ele isso. Se ele tiver um celular de, vamos supor, 6 mil, ele vai ter que pagar metade, trabalhar pra pagar metade. O que é dado muita gente não dá importância", ressalta o jovem.

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