Na última quarta-feira, 16 de outubro, um protesto na sede da Universal em São Tomé e Príncipe com centenas de pessoas resultou na morte de um jovem, além de depredação dos templos da igreja no país. O ato violento se deve à prisão de um pastor são-tomense em Costa do Marfim.
Uidimilo Veloso, pastor da Universal em Costa do Marfim, foi condenado a um ano de prisão após a denominação pedir investigações às autoridades para apurar o autor de difamações, calúnias e ameaças contra a igreja nas redes sociais. A investigação apurou que o autor era o próprio pastor.
Assim que a notícia de sua prisão chegou a São Tomé e Príncipe, os fiéis da igreja se revoltaram e cobraram dos deputados que exigisse explicação da Universal pela prisão de seu compatriota. Os bispos da Universal na ilha compareceram à Assembleia dos Deputados e explicaram que a igreja não tinha determinado a prisão do pastor, e não tinha poderes para exigir das autoridades marfinenses a soltura de Veloso.
Ainda assim, os parlamentares são-tomenses deram um prazo de oito dias para que igreja providenciasse a soltura de Veloso, e como a denominação não pode cumpri-lo, os protestos se iniciaram, com alto grau de violência.
De acordo com informações do portal RFI, o protesto na capital São Tomé resultou na morte do adolescente, que teria sido alvejado por uma bala perdida. Esse incidente aumentou a ira das mais de 400 pessoas que protestavam em frente à sede da Universal, que passaram a depredar e saquear o templo, além de destruir várias viaturas.
A repercussão do tumulto levou outros são-tomenses a repetirem o vandalismo em templos das localidades de Boa Morte, Bobo Forro, Trindade, Água Bobô e Praia Melão.
O portal África 21 Digital informou que o jovem assassinado tinha entre 15 e 17 anos, e os fiéis gritavam palavras de ordem exigindo a soltura do pastor Veloso no país vizinho. “Queremos o nosso pastor” e “o povo deu, o povo tirou” eram algumas da frases repetidas pela multidão.