Uma das passagens bíblicas mais conhecidas, com certeza é a do fluxo de sangue - uma mulher que sofria de hemorragia por doze anos sem encontrar a cura, até que toca nas vestes de Jesus é e curada instantaneamente. E essa história é o ponto de partida para a criação de “correr pra você”, lançamento de Gui Neris.
O cantor conta que resolveu usar sua experiência com crises emocionais para falar sobre cura e restauração “eu estava passando por uma crise intensa quando escrevi essa música, mas ao mesmo tempo, não queria que ela fosse sobre mim. Como um artista cristão, eu sempre gosto de fazer coisas que sejam muito maiores do que eu e apenas minha vivência, e daí veio a ideia de unir a minha história com a história da bíblia”
E não é de hoje que o artista faz essa junção entre o passado e o contemporâneo. Em seu novo álbum, “Umbilical”, além de falar sobre fé e relacionamento com Deus, as músicas abordam temas cotidianos e problemas da geração atual “muitas vezes temos dificuldade de entender que Deus é bom, por exemplo, porque usamos exemplos muito distantes da nossa realidade e uma linguagem extremamente complicada e difícil de entender. O que eu faço é pegar um conceito, ou uma história ou princípio bíblico e aplicar a linguagem, estética e sonoridade mais atuais.”
Suas músicas já somam mais de 70 mil streams acumulados, e entre covers de músicas já conhecidas e músicas autorais, o artista mostra em suas redes uma estética e abordagens diferentes da fé. A sonoridade, apesar de gospel, também foge do comum. Entitulada pelos ouvintes como “pop worship”, o cantor conta que abraçou esse título pra representar seu trabalho “um dia falaram que eu fazia ‘pop worship’, e eu gostei do termo. Acho que ele resume bem a ideia, que é trazer uma letra mais comum no gospel com uma sonoridade que se assemelhe mais com o pop eletrônico”.
O primeiro álbum “Umbilical” já está disponível em todas as plataformas, contando com lançamentos já conhecidos como “Pra Onde Eu Iria?”, “Não Quero Crescer” e “Aba Pai, Meu Papai”, músicas mais conhecidas até então.