Tribunal egípcio condena 12 cristãos a prisão perpétua

Cairo – Um tribunal egípcio condenou, segunda-feira (21), 12 cristãos a prisão perpétua e absolveu oito muçulmanos num caso provocado pelas tensões religiosas no sul do país, noticia a AP.

Os cristãos foram considerados culpados de causarem distúrbios públicos, posse ilegal de armas e matarem a tiro dois muçulmanos, em Abril de 2011, na província de Minya, cerca de 220 quilómetros a sul da capital, Cairo.

A tensão religiosa em Minya degenerou em violência em 2011 quando um muçulmano, condutor de um miniautocarro, irritado com um problema de trânsito nas proximidades da vivenda de um cristão rico, começou a discutir com os polícias, que lhe bateram.

O condutor, ao fim do dia, contactou várias pessoas, que se juntaram em frente à sede de um grupo islamita ultraconservador para protestar contra a agressão de que foi alvo.

Os vizinhos cristãos, receosos de serem atacados, dispararam dos telhados para a multidão, matando duas pessoas e ferindo outras duas.

Durante os dias seguintes, várias dezenas de casas e lojas pertencentes a cristãos foram incendiadas. Os oito muçulmanos estavam a ser julgados por posse ilegal de armas e incêndio das casas e lojas dos cristãos depois do tiroteio.

Os cristãos, que constituem cerca de 10 por cento da população egípcia de 80 milhões, têm-se queixado de discriminação por parte das autoridades administrativas, dos tribunais e da polícia.


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