São diversos lançamentos: musicais, cinematográficos, literários, tecnológicos e industriais; que chegam ao mercado onde não ficam dúvidas que sem fé é impossível agradar a Deus e aos vorazes consumidores.
Um olhar para o céu e outro para as oportunidades. É dessa forma que muitos chegam ao mercado do Senhor, de olho no que não podem ver, mas com a fé que podem modificar suas vidas e também multiplicar o que têm em suas contas bancárias. Assim uma grande maioria pensa, são homens e mulheres de negócios de todos os cantos do país e do mundo, dispostos a investir num mercado promissor, que vem se consolidando dia a dia e que já provou que: "Ele tem a força!". Aventureiros não costumam ter muito êxito no setor. Quando o assunto é fé, a credibilidade vem com o tempo de atuação e relacionamento com o segmento. É preciso caminhar junto com quem já tem estrada e conhece bem as coisas de Deus.
Uma boa oportunidade para se aproximar desse setor é visitar o 4° Salão Internacional Gospel, feira anual que representa o segmento, organizada e idealizada pelo Grupo MR1, que acontece de 6 a 8 de agosto de 2015, no Expo Center Norte, em São Paulo.O evento, que é o mais conhecido e completo do meio,reune editoras, gravadoras, distribuidoras, lojas de instrumentos musicais,faculdades, universidades, igrejas,comunidades, alternativos e apresenta um grande mix de produtos, sendo um verdadeiro balcão de negócios que acompanha toda a efervescência, popularidade e profissionalização de um mercado abençoado por Deus e bonito por natureza, que não conhece crise e não para de crescer.
Todos os dias são diversos produtos que chegam às prateleiras de todas as lojas do Brasil. Só a Música Gospel brasileira fatura bilhões e chama a atenção de todos dispostos a mergulhar nesse mar de ritmos e cifrões, cheio de oportunidades e grandes peixes. Pesquisas recentes revelam que esse segmento promissor, que cresce 14% ao ano é um dos mais rentáveis no país. Segundo dados da Associação Brasileira de Produtores de Disco (ABPD), o estilo está presente entre os 20 CDs mais vendidos no Brasil. A Música Gospel, que tinha espaço apenas dentro das igrejas no início do século XIX, hoje é executada em todos os cantos do mundo. No Brasil, espalhada em hipermercados, lojas de conveniência e de discos, ela é um sucesso! E não existe exagero nos números, não. A verdade é que atualmente o mercado evangélico brasileiro movimenta cerca de R$ 15 bilhões por ano. É o segundo lugar em volume de vendas, são R$ 330 milhões em venda de instrumentos musicais, acessórios e sonorização de um total de R$ 650 milhões, mais de R$ 500 milhões em venda de CD’s e DVD´s.
Na literatura não é diferente, os livros também dão impulso ao total de 21,5 bilhões de reais de faturamento anual do mercado evangélico e até Hollywood se rendeu ao poder da fé em 2014; chegaram aos cinemas grandes produções, como Noé, O filho de Deus (já inspirado no seriado A Bíblia, do History Channel) e Exodus. A mais recente edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, de 2012, aponta que a Bíblia e determinadas obras religiosas são procuradas frequentemente por 65% e 57% dos leitores, respectivamente. Só eles movimentaram R$ 458 milhões no ano, segundo o levantamento Produção e Vendas do Mercado Editorial Brasileiro. Com números tão expressivos na leitura, que definitivamente não é o foco da população brasileira em termos de lazer, não é difícil entender por que o mercado religioso movimenta bilhões ao ano. Exemplo foi o sucesso de Nada a Perder 3. O livro é o maior fenômeno editorial dos últimos anos no país. A autobiografia do bispo Edir Macedo, escrita em co-autoria com Douglas Tavolaro, vice-presidente de Jornalismo da Rede Record, se tornou em poucas semanas o livro mais vendido do ano. Os números foram disponibilizados pelo Publish News, o principal termômetro do mercado editorial brasileiro. Em nove semanas, o livro ultrapassou todas as outras obras no ranking e assumiu o primeiro lugar, com mais de 750 mil exemplares vendidos. O livro também aparece há oito semanas consecutivas como o mais vendido no ranking da revista Veja. Também aparece há cinco semanas no ranking da revista Época, e está no topo dos mais vendidos dos jornais Folha de S.Paulo e O Globo, vendendo mais de 4 milhões de cópias em todo o mundo. Esse fenômeno é observado também pelo Grupo MR1, responsável pela feira que representa o setor e que tem o evento paralelo chamado Flic (4ª Feira da Literatura Cristã), dedicado aos editores, distribuidores, livreiros e aqueles que admiram uma boa leitura. Esse ano o evento lançou a promoção cultural “Meu pequeno autor cristão” que tem o objetivo de incentivar a criatividade, a escrita e no futuro o aparecimento de novos autores consagrados. Podem participar crianças até 12 anos e o ganhador além de uma cesta de livros será colaborador por um ano da Revista Panorama Cristão, que é uma publicação do setor.
O segmento como um todo gera mais de 2 milhões de empregos. São mais de 2 bilhões de venda de discos mais produções de shows. Por ano abrem-se mais de 14.000 igrejas evangélicas no Brasil, o que corresponde a 38 novas igrejas por dia, 1 a cada 45 minutos em média. Diariamente, as igrejas recebem novos convertidos, que passam a consumir vorazmente os produtos cristãos. E a música, que é o carro-chefe deles, é o único segmento fonográfico que cresce em venda de discos no País. Além desses, outros números chamam a atenção: recente matéria publicada na Revista Veja chegou a classificar o segmento como "um mercado que não conhece dificuldade" por ser pouco afetado pela pirataria moderna e pelo compartilhamento de mp3 na Internet. O que era antes um nicho pequeno, fechado em si, com produções de baixa qualidade, passou a ser um grupo forte e com um poder econômico avassalador. Segundo a revista e o Salão Internacional Gospel, são 600 rádios brasileiras que transmitem programação Gospel no Brasil, 157 gravadoras. Sendo que a faixa etária que concentra a maioria dos fãs do gênero é de 25 a 40 anos, onde 66% são do público feminino e 56% da Classe C. Na mesma velocidade em que cresce o rebanho cristão, multiplicam-se as lojas de vestuários evangélicos, blogueiras, sacoleiras que compram no atacado artigos de grifes e lojas virtuais tentam dar conta da demanda de quem não pode ir a São Paulo no Salão Internacional Gospel, o centro de moda cristã. Evangélicas chegam a gastar, em média, R$ 6 mil por mês com roupas e sapatos. O livro sagrado respalda a vaidade: “A mulher de verdade cuida bem da aparência e dos que dela dependem”, diz o provérbio. Na igreja ou no trabalho, as fiéis devem se vestir de acordo com a palavra de Deus. “Que Deus ponha em nossos corações a vontade de sermos fiéis a Ele e que possamos dar bom testemunho através do nosso vestir”, citou a blogueira Mari Raugust, no blog ‘Passarela Estreita’.
Para Marcelo Rebello, organizador e idealizador do Salão Gospel e também teólogo que dá palestras sobre marketing e religião, o mercado continua inchando, reforça: são 4.500 artistas e bandas onde são lançados no mínimo 10 CDS por mês, ou seja, 1 a cada 3 dias e cerca de 4.000 novas obras musicais anualmente, fomentando a receita com arrecadação de direitos autorais. A área de educação também se destaca, com 740.000 alunos em 934 instituições de ensino controladas por evangélicos. Ele prevê, baseado em estudos feitos pela Sepal (Servindo aos Pastores e Líderes), que em 2020 os evangélicos chegarão à marca de 109,3 milhões (52%), num total de 209,3 milhões de brasileiros, isto obviamente se a taxa de crescimento se mantiver nos patamares anteriores, sendo metade da população brasileira formada por evangélicos.
Na esfera política, primeiro no Estado do Rio de Janeiro, a Música Gospel foi reconhecida como manifestação cultural e está inclusa na Lei 5.826, de 20 de Setembro de 2010, de autoria do Deputado Edson Albertassi, sancionada pelo Governador Sérgio Cabral. A lei criou facilidades na obtenção de patrocínios de empresas privadas para os eventos, ampliando ações e estimulando o crescimento do segmento. Em Janeiro de 2012, houve o reconhecimento nacional da Música Gospel como manifestação cultural. A Lei 12.590 foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff, alterando a Lei Rouanet para estender os benefícios da renúncia fiscal também à Música Gospel. O texto abrange no escopo da Lei Rouanet (legislação que define o leque de atividades culturais passíveis de financiamento público), o artigo 31-A, que estabelece o seguinte: "Para os efeitos desta Lei, ficam reconhecidos como manifestação cultural a Música Gospel e os eventos a ela relacionados, exceto aqueles promovidos por igrejas". Em São Paulo os evangélicos também vem ganhando o seu espaço, em agosto de 2014, o Salão Internacional Gospel que faz parte do calendário oficial do estado, foi homenageado na Assembleia Legislativa e na ocasião foi lançado o “primeiro tijolo simbólico” do Museu Cristão, idealizado também pelos responsáveis pela feira da cultura cristã e apoiado pelo deputado Fernando Capez (PSDB-SP), mais votado em todo o estado nas últimas eleições. Para Capez, o foco do museu deve ser “histórico e cultural”, e não religioso. São também de Luciana Mazza, curadora do museu, as palavras: "Entendemos que existe uma cultura evangélica a ser preservada, hábitos, costumes, registros musicais e editoriais. Notícias em todos esses anos que vão estar nesse acervo. Ocorreu uma grande mudança através do tempo e essa história deve ser resgatada e contada. O resgate da memória é de suma importância devido à construção de uma identidade consistente de um determinado povo. Para isso é necessário que não deixe de rememorar, ir em busca das raízes, das origens, do âmago da sua história, etc. A memória tem um caráter primordial para elevação de uma nação e de um grupo étnico, pois aporta elementos para sua transformação. Essa é a intenção do Museu Cristão, conclui".
Para o sociólogo Carlos Aystrim que recentemente escreveu um livro sobre o assunto, iniciativas como essa só comprovam que o maior país católico da América Latina está cada vez mais evangélico! Ele explica: “O termômetro de todos esses números é a popularização do estilo, notado nos últimos anos na grande imprensa brasileira que vem falando regularmente sobre esse nicho e também nas infinitas oportunidades de negócios, que abriu as portas de vez para essa fatia da sociedade alcançar a modernidade e ocupar o seu espaço na sociedade. Estamos diante de uma verdadeira revolução dos evangélicos, onde os mesmos se destacam através de sua cultura, hábitos, criatividade, mas, principalmente, pelo seu poder econômico".
Na opinião dos responsáveis da feira do mercado, a modernidade trouxe alguns avanços para os evangélicos, eles lembram: “Hoje temos diversas facilidades que não existiam no passado, muitos horários ocupados na TV por evangélicos, e-commerce especializado para esse público, turismo diferenciado, tecnologias como da empresa NewTek que vem modernizando a transmissão dos cultos das igrejas, entre outras atividades. Tudo isso e muito mais, afirmam, vai poder ser encontrado dentro do 4° Salão Internacional Gospel, que reúne toda uma cadeia produtiva, sendo um momento único do setor para se fechar grandes negócios e conhecer mais sobre o povo de Deus. A feira tem uma programação totalmente cultural, será gratuita e aberta ao público durante os três dias, sem dúvida o momento mais esperado do ano da grande família evangélica e daqueles que pretendem investir no setor!"
4º Salão Internacional Gospel
De 6 a 8 de agosto de 2015
Organização: Grupo MR1
Local: Expo Center Norte
Visitação Gratuita
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