A presidente afastada Dilma Rousseff (PT-RS) sofreu um duro revés com a prisão de seu ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo (PT-PR), marido da senadora Gleisi Hoffmann,(PT-PR), uma das mais atuantes defensoras de seu mandato na comissão do impeachment no senado. Desde a prisão do marido, Gleisi não compareceu na comissão e já ameaçou se licenciar do cargo por questões óbvias. A senadora se sente envergonhada e sabe que será alvo de constrangimentos públicos, caso insista em prosseguir como membro da comissão.
Os danos causados pela prisão de seu ex-ministro vão além da situação embaraçosa para a senadora aliada. Paulo Bernardo foi preso em um esquema de desvios de dinheiro de servidores e pensionistas. Foram mais de R$ 100 milhões roubados de pessoas endividadas que tomaram empréstimos consignados ao longo dos últimos 6 anos de seu governo.
Alguns senadores que se manifestavam indecisos em relação a como votariam sobre a cassação de Dilma já confidenciaram que a situação ficou mais complicada agora. A avaliação geral é a de que ficou mais difícil declarar um voto a favor de uma presente que foi no mínimo negligente quanto ao próprio gabinete. "É o tipo de voto que pode sepultar qualquer carreira política", confidenciou um senador.
Após a prisão de seu ministro no esquema da Consist, Dilma também foi orientada a abandonar os ataques ao governo Temer relativos ao desligamento de três ministros suspeitos de envolvimento em corrupção. Dilma foi lembrada que, apesar de suspeitos, nada ficou comprovado e eles ainda estão livres. Apontar o dedo para o gabinete do presidente interino a partir de agora é algo que se tornou inviável, alertaram seus assessores.
Dilma ainda tem alguns ministros que podem ser surpreendidos por ações da Polícia Federal antes da votação definitiva do impeachment no Senado. Jaques Wagner, (PT-BA), Aloizio Mercadante, (PT-SP) Edinho Silva, (PT-SP) e Fernando Pimentel(PT-MG), entre outros.
com informações do Imprensa Viva