Junto a mais de 2 milhões de pessoas que assinaram uma petição solicitando uma nova consulta, estão os jovens do Reino Unido que sentiram na pele as consequências desta decisão. Com uma participação de 72%, o plebiscito de quinta-feira teve 17,410,742 votos a favor de sair do bloco e 16,577,342 votos a favor de permanecer.
Algumas das opiniões mais viscerais sobre o resultado do plebiscito apareceram no Twitter com as hashtags "Not in my name" ( "Não em meu nome") e "What have we done" ("O que nós fizemos "), que se tornaram tendências na manhã de sexta-feira na rede social e foram utilizados mais de 20.000 vezes.
"O futuro deste país foi decidido por quem não vai estar aqui para viver com as consequências. Que desastre", escreveu em sua conta no Twitter um jovem que é identificado como @ ThomasAmor1 que vive em Manchester, no norte da Inglaterra.
No twitter os protestos não param, jovens lamentam suas carreiras: "perdemos o direito de viver e trabalhar em 27 países".
Um artigo publicado no jornal britânico Financial Times, na seção FT Communities, sobre o resultado do plebiscito expressa parte da consternação que muitos eleitores sentem.
Intitulado "Diga-nos: eleitores optaram por deixar a UE. E agora?" ("You tell us: voters chose to leave the EU. Now what?"), o texto incluiu opiniões diferentes, como a de Nicholas, que escreveu:
"Eles simplesmente trocaram uma elite distante e inatingível por outra."
"Em segundo lugar, a geração mais jovem perdeu o seu direito de viver e trabalhar em 27 países. Nunca saberemos a verdadeira extensão da perda de oportunidades, amizades, casamentos e experiências que nos negãrão", disse ele.
No Twitter, Laceybloke (@laceybloke) também fez alusão ao elemento familiar: "Acontece que os aposentados odeiam mais os" imigrantes" do que amam seus netos #WhatHaveWeDone #NotMyVote".
com informações BBC